segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alusão às conclusões, pensamentos de discórdia, no geral, pensamentos pessimistas desfeitos (as)

   Desconhecendo de altruísmo, vou seguindo nesta reta onde o fim dela pode ser um precipício, ainda sim revigorando-me dia-pós-dia. Engraçado tá sendo me ver frente ao espelho se permitindo, encarando o mal que isso pode trazer, e almejando mais o ar tocante na alma redondamente esplêndido que vem vindo. Tem me causado alucinógeno, golfadas, náuseas do quão primordial está sendo. Ao debruçar-me na cama, no fim da noite, rezo para que não me terrifique. Uma consequência boa, superlativo. Após considerar-me supérstite da prostética das amarguras vivenciadas e sentidas como fósforo em minha pele, o jardim tornou florescer.  Mobilizei a coragem existente dentro de mim, porque é difícil ela clamar “levante-se já”, “atente para o mal que se prender a mim está lhe causando”, ficou notável o quão preciso é enfatizar a felicidade, vive-la assiduamente. A deixa principal na cabeça é: por qual motivo tenho que me dispor tanto à felicidade? Por qual motivo ela não pode chegar a minha porta tão sorridente quanto uma testemunha de Jeová? Os desafios são constantes, o maior deles é a busca insaciável pela felicidade, viver por reclamações, com reclamações é moda. Anteontem, ontem, hoje, amanhã, depois de manhã, tenho como propósito dá ênfase ao viver bem, assim, fazendo dos seus sorrisos um bauru (recordando aquele sábado frio) e me entupir dos mesmos, fazer dos seus braços o mar e me jogar.  Você pode pensar “mas e se só durar até amanhã”, ora, alguns encontros não duram trinta minutos sequer. Ecoa em mim “tome cuidado com o medo que você alimenta porque ele pode aprisioná-lo, e essa é a pior das prisões existentes”, deste modo, ausentei o receio, a negatividade habitante, e passei a levar ao pé da letra a frase do filósofo chinês: “escolhe o trabalho de que gostas e não terás de trabalhar um único dia em tua vida”. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Deixe-me conhecê-lo, ó amor


   Tenho considerado inaceitável esta incapacidade do meu eu comunicar-se consigo mesmo. São tão claros os riscos, os medos do perigo, tão pouco que façam sentidos. Dou-lhe plantão dos meus problemas, há algo que justifique a solidão de 495 dias? Paralisei no ponto onde fantasio e meço meus próprios passos, ouço o início de uma história, as estações vêm, sem vão, ainda sim ciente que algo permanece – a solidão. Desistir ou tentar desistindo agora? Passa na mente uma imagem decadente e enfim, o amor é este mar negro, não há jeito menos doloroso de se despedir. A paixão vem, você a nega, nega, por fim a aceita, no passar dos dias ela cansa assim como quem cansa de uma roupa e vai embora sem te pedir perdão. É uma ameaça constante, o trajeto mais fácil é a solidão do desamor. É coerente taxar relativo tudo em tua volta, mas dar as costas é, sem dúvidas, a forma menos hipócrita.  
   Arrume-me um sol que possa brilhar diante qualquer circunstância, até no brilho da escuridão, vulgo horas amarguradas, deixe sobressair à forma áspera de tratamento nos dias sem um “tens feito diferença”, permita-me conhecer o teu ser demasiadamente risonho, demasiadamente árduo, demasiadamente amável. Deixe-me conhecê-lo, ó amor. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A desigualdade social é uma diferença de outra natureza


  A desigualdade social é uma diferença de outra natureza: é produzida na relação de dominação e exploração socioeconômica e política. Quando se propõe o conhecimento e a valorização da pluralidade cultural brasileira, não se pretende deixar de lado essa questão.
  Ao contrário, principalmente no que se refere à discriminação, é impossível compreendê-la sem recorrer ao contexto socioeconômico em que acontece e à estrutura autoritária que marca a sociedade. As produções culturais não ocorrem “fora” de relações de poder: são constituídas e marcadas por ele, envolvendo um permanente processo de reformulação e resistência.
  Ambas, desigualdade social e discriminação articulam-se no que se convencionou denominar “exclusão social”: impossibilidade de acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade e de participação na gestão coletiva do espaço público — pressuposto da democracia. Entretanto, apesar da discriminação, da injustiça e do preconceito que contradizem os princípios da dignidade, do respeito mútuo e da justiça, paradoxalmente o Brasil tem produzido também experiências de convívio, reelaboração das culturas de origem, 122 constituindo algo intangível que se tem chamado de brasilidade, que permite a cada um reconhecer-se como brasileiro. 

"Eu"


   Na verdade, só sabemos claramente que somos quem somos devido uma transa. Que ela foi fruto de um sentimento singelo, recíproco (muitas das vezes, ao menos é o que se espera). É fácil dizer “eu sou eu” quando não se sabe o significado que pode ter esse “eu”?  Eu, pode ser a bondade da humanidade, o olhar que ajudará mudar um pensamento retroagido,  pode ser o seu amor, o meu. Eu, particularmente não sei quem sou, às vezes perco o sono pensando qual papel vir exercer diante vós. É tudo tão simultâneo, tão reduzido, essa instABILIDADE que poucos valorizam naquele que tem em si uma deficiência criticável diante eles. Eu, você, nós, somos aquilo que queremos ser? Vivemos em uma ditadura?  A mídia com seus aspectos positivos e negativos influenciam não somente as crianças, como os adultos, basta sabermos aproveitar este instrumento que auxiliam não somente a estes questionamentos, mas acrescentá-los e solucioná-los em nossas vidas. Como bem cita Pierre Lévy, “Por intermédio dos espaços virtuais que os exprimiriam, os coletivos humanos se jogariam a uma escritura abundante, a uma leitura inventiva deles mesmos e de seus mundos (...) poderemos então pronunciar uma frase um pouco bizarra, mas que ressoará de todo seu sentido quando nossos corpos de saber habitarem o cyberspace: “Nós somos o texto.” E nós seremos um povo tanto mais livre quanto mais nós formos um texto vivo. Portanto, os benéficos se revertem com a mesma velocidade com que se instalam. É como ao fim do dia acalentar seu jardim com um banho de água, após um dia de sol. Só é preciso uma padronização de tudo que é bom, que faz bem, que te tira o fôlego, que te faz almejar ser prostética. Entretanto, é válido salientar que não se deve mascarar seu “eu”, dúvidas (em horas) vem ser o consolo inapropriado.