terça-feira, 16 de julho de 2013

16 de julho de 2013 - uma necessidade de analisar

Eu nunca soube bem o que relatar, ideias foram sendo aniquiladas por achar uma incapacidade me vestindo.  E ao seguir adiante nesta fase vi algo necessário: assuntos alheios, uns tidos como pauta, já outros não, quem sabe sem um fim lucrativo. Caí em um temporal de leitura, carinhosamente perdido nelas, escavaquei o que eu sabia fazer de melhor: analisar. Como bem diz Martha Medeiros em uma citação do seu livro, “Não gosto de nada que extrapole o tempo regulamentar do meu humor e da minha capacidade de simpatia.” Um bom leitor fará uma boa interpretação, estou certo disso. Eu hoje estou ciente do sistema de vigilância rodeando a mim, a você, tem um só nome, mas com vários propósitos, a ética, tipo Deus. Você acompanhado do seu fanatismo certamente pensará, mais um ateuzinho. Mas não, sou cristão, creio em Deus.
A ética não é uma moral, é um corpo permeável. Ainda que existam morais humanas que partam de princípios éticos, como por exemplo, ir a uma loja de eletroeletrônicos e, ao ver aquela tevê de quarenta e duas polegadas desejá-la bem mais que deseja o corpo da sua mulher despido frente a ti e, no desejo excessivo, você estando sem um vintém furtá-la sem que as câmeras te flagrem. Usufrui de metáfora e ainda sim me saiu umas risadas ao imaginar a cena. Um princípio ético é uma forma de buscar, na pura natureza do ser, uma resposta para uma decisão entre opções de agir. Ou seja, encontrar um caminho, dentre as formas simples do funcionamento da natureza, que respeite as partes e o todo por igual, como bem disse Octavio Milliet.
Um exemplo bem presente a minha casa é a vinda desenfreada dos seres que por uns anos puderam ter um futuro promissor e hoje, uns com seus 18/19 anos estão às traças e eu do mesmo grupo de amizade aqui estou, prestes a cursar jornalismo, enquanto os demais nem os estudos concluíram. O receio tardou com a mistura desordenada nesta vida de LCD, cocaína, pó. É vexatório, mas existe um respeito para com os vizinhos predominante. Isso seria ética ou só medo de pararem tão cedo nas celas medíocres, inapropriadas para um jovem?