Venceste-me pelo simples olhar. Fiz de teu
casaco o teu corpo e o abracei tanto quanto abraço você, vieste ecoando na
madrugada calando-me, perdi a voz, me vi no nosso primeiro olhar clínico, assim
não restou dúvida o quanto eu te quero. É, estou bobão diante os demais... Tempos adiando a gratidão de um sorriso pontual, ou melhor,
anormal. Viajo com
a imensidão do meu sorriso, com o combustível que é você.
Com os novos paradigmas da época atual o
mundo tende a ser concebido de uma maneira menos linear, ordenada ou
determinista, havendo mais espaço para acaso: tê-lo, caos: dias de cota racial.
Usando de lógica contida nesse sentimento, suponho que a felicidade é
igualmente a finalidade dos instantes juntos. Os esforços, ações em que se
abandona o prazer imediato em busca de um bem maior, que trará felicidade, como
por exemplo, o sábado de álcool, amor, vômitos, banhos de piscina, em patamares
de risos diferentes. Fazei de mim algo
necessário, utensílio fisiológico: água, comida. Chama-me de noite eterna e a
prenderei em meus braços. Agora eu sou um rei voluntário, dou a ti meus sonhos,
sorrisos e até mesmo os cansaços. Faça dos dias ruins um motivo para protestar,
reivindicando o motivo ao qual não sentamos para dizer que isso ou aquilo está
indesejado. Obteremos êxito, afinal, temos os mesmos almejos.