quarta-feira, 12 de março de 2014

Tua gentileza

Apetece-me pôr os olhos nos teus cabelos macios, diante a brancura do céu, todo liso, sem uma nuvem, de uma majestade divina.

Tatear estes lábios rosados, prodigamente encaixando-se nos meus. Sob o brilho etéreo dos teus olhos, com o suave cheiro da colônia distribuída ao teu corpo compus poemas.

Ó meu doce querer, mais conciliada com o destino inclemente, colhe-me. 

Voa, voa tristeza

Este escuro penetrante neste quarto mórbido, de paredes que respeitam a solidão contínua deste pobre jovem. O barulho presente é da hélice do ventilador, do pulsar deste desejo insano que é ter-te, para clarear, incendiar, arruinar este vazio ameaçador, junto à secura labial fortificando a dor.

Encontro

Delírio do querer
no caminhar do teu cotidiano
sem querer, sem por quê
encontrei minha carência perdida em você